Disciplina de Economia Portuguesa

 

1. Objetivos

 

Os principais objetivos da disciplina são os seguintes:

(i) Fornecer aos alunos uma perspetiva nacional e global sobre os impactos e transformações provenientes na Economia Portuguesa desde a II Guerra Mundial;

 

(ii) Introduzir os conceitos fundamentais associadas à internacionalização da Economia portuguesa por efeito da adesão à EFTA, continuação da exploração económica das colónias ultramarinas, do condicionamento industrial e do aumento da diáspora fruto da fuga à miséria estrutural em Portugal Continental.

 

(iii) Refletir acerca da dificuldade em realizar parcerias aproveitando a nossa diáspora.

 

(iv) Compreender as alterações produzidas pela Revolução de 25 de Abril de 1974 e as consequências do Período Revolucionário Em Curso (Prec) que se seguiu.

 

(v) Apresentar, desenvolver e discutir casos em que Portugal se viu abrigado a solicitar ajuda internacional ao FMI para poder continuar integrado na Economia Mundial.

 

(vi) Refletir acerca do cariz estratégico da adesão à CEE e, posteriormente, ao Euro.

 

(vii) Dotar os alunos de um conhecimento abrangente ao nível dos principais conceitos, fatores de disrupção, tendências, que levaram a um não crescimento endémico, analisar as consequências da crise financeira de 2008 em Portugal e aprofundar o conhecimento do impacto de ter um setor financeiro a trabalhar com taxas de juro negativas desde 2012.

 

(viii) Incutir a ideia da ousadia e da importância do fomento de uma cultura de empreendedorismo para a criação de uma sociedade sem zonas de conforto.

 

2. Síntese do programa

 

1. Introdução à Economia Portuguesa

a. O fim da II Guerra Mundial e a manutenção do sistema político

b. A emergência económica dos Estados Unidos e a divisão Leste-Oeste.

c. O Plano Marshall e o impacto no crescimento europeu em França e Alemanha

d. A descolonização e o impacto nas pressões a Portugal

 

2. A Internacionalização da Economia Mundial

 

a. O País Rural e o industrialismo do pós-Guerra e o seu impacto do decréscimo das importações e impacto na balança comercial.

b. A Adesão à EFTA

c. A Nova Política industrial dos anos 70.

d. A importância das colónias ultramarinas na economia antes da Revolução de 1974

 

 

 

 

3. A Revolução e o Período Revolucionário

a. O PREC e os efeitos na Economia Nacional

i. Construção de uma sociedade socialista

ii. Reforma Agrária

iii. Nacionalizações

b. A normalização política.

i. Inflação

ii. Consumo

iii. Austeridade

c. O pedido de ajuda ao FMI em 1977

d. O sonho da adesão à CEE

 

4. O sonho da adesão à CEE

a. Processo de adesão e motivações políticas e económicas

b. Os fundos estruturais, sua utilização teórica e prática

 

5. A Era de Cavaco Silva – Crescimento Económico e desenvolvimento das infra-estruturas.

 

6. O Tratado de Maastricht e a Construção do Euro

 

1. O Fim do crescimento do PIB

2. O Consumo interno como motor da economia

3. O Financiamento bancário como forma de gerir tesouraria sem capital

4. O crescimento do mercado imobiliário

 

7  A Crise de 2008 nos Estados Unidos e o seu impacto em Portugal

1. A Falência das construtoras

2. As fraudes nos bancos privados e a gestão do “crédito malparado”

3. A emergência do Turismo e outro tipo de exportações

 

8. Portugal hoje

1. Os novos setores de desenvolvimento

2. As novas realidades de investimento


3. Método de trabalho

A disciplina será lecionada em aulas teórico-práticas.

A exposição teórica será, sempre que conveniente, complementada pela análise e discussão de casos de empresas portuguesas, que deverão apelar ao sentido crítico e à participação dos alunos.

. Pretende-se estimular a participação ativa dos alunos na dinamização, discussão e reflexão sobre os temas e desafios da economia nacional que marcam a realidade empresarial.

 

4. Avaliação

 

A avaliação da disciplina de economia portuguesa contempla a utilização dos seguintes critérios de avaliação:

Assim, e para o processo de avaliação continua, o modelo de avaliação é:

 

1. Teste intercalar – 15%

2. Trabalho de Grupo – 30%

3. Participação nas aulas- 15%

4. Teste Final – 40%


Definida de acordo com os critérios de avaliação e respetivos de elementos associados (trabalhos individuais, grupo, teste, outros)

 

5. Bibliografia

 

1.Amaral, Luciano (2010), Economia Portuguesa – As últimas décadas, Fundação Francisco Manuel dos Santos

2. Bento, Vítor (2010), O Nó Cego da Economia, bnomics

3. Departamento de Estudos do Banco de Portugal (2015), Economia Portuguesa no Contexto de Integração Económica e Monetária, (Estudos Económicos do BdP)

4. OECD (2017), OECD Digital Economy Outlook 2017, OECD Publishing, Paris

5. Ramos, Rui (2009), História de Portugal, A Esfera dos Livros

6. Tavares, Carlos e Alves, Carlos, Factos Causas e Consequências de um percurso de 20 anos, 2017, Nomics